quarta-feira, 8 de abril de 2015

Exposição de Moda Inclusiva em Toronto


Ao contrário do que uma grande maioria pensa, a moda vai muito além de corpos magros e luxo, basta observar a história e atentar-se ao desenvolvimento da mesma em nosso mundo.
Ombreiras, crinolinas, cinturas marcadas entre outras ditas “tendências” são carregadas de significados que contam muito sobre crenças, tradições e ideologias de cada época, e por sorte do destino, ou melhor, pelo aviso de uma querida desconhecida canadense, que resolveu me abordar e me falar sobre o evento, fui parar numa exposição de Moda Inclusiva.
Fala se o barbudinho não tá sempre me rodeando de surpresas?

Já tinha ouvido falar sobre a IZ Adaptive (http://www.izadaptive.com/), mas não tinha ideia do quão geniais eram aquelas peças, caimentos pensados para quem está sobre rodas foram confeccionados para proporcionar sensações muitas vezes perdidas para quem se vê sobre uma cadeira de rodas, como por exemplo um quesito muito importante: A Independência!
Isso pode até parecer bobagem para muitos, mas eu me lembro bem a alegria que senti quando após anos na cadeira fui capaz de me vestir novamente sem pedir ajuda alguma!
Foi ali, diante daquele casal de noivos com roupas inclusivas, onde a calça tinha sua barra minuciosamente elaborada para que não houvessem sobras na frente, e não fossem curtas demais atrás que parei para pensar na importância que esse segmento teria em mudar tantas coisas...
Já parou pra pensar em como seria bom entrar numa loja e poder vestir-se sem dificuldades? Ou colocar aquele casaco sem ficar puxando pra baixo toda hora, já que o encosto da cadeira insiste em empurrar o tecido para cima? Ou melhor ainda, comprar aquela calça que parece tão perfeita no manequim, sem que ela fique “pula brejo” já que vivemos sentados? A alto estima em reaver sua independência, a sensação de inclusão em poder transitar em lojas com araras onde peças inclusivas ou não ficassem lado a lado?
É nesse mundo que acredito poder viver um dia, onde a “preferência” na fila não seja mais vista como uma forma de inclusão!


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